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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Crônica do amor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.


Arnaldo Jabor

sexta-feira, 23 de maio de 2008

“Coração para que se apaixonou?”


Minha vida deu tantas voltas em tão pouco tempo, que ando assustada.
Estou apaixonada e isso é fato. Nem que eu quisesse, conseguiria esconder ou negar, mas juro que gostaria de entender os outros sentimentos que eu sinto. Podia existir um “dicionário”, um livro auto-explicativo de sentimentos aonde tudo tivesse bem explicado.
Não sei se é bom ou ruim o que sinto, mas sei que me deixa eufórica, sensível, com medo. Eu podia pelo menos ter me apaixonado por alguém que gosta de mim, mas não fui me apaixonar por alguém que gosta de outra pessoa, se não fosse assim não seria a Carla né?!
Sinto-me como uma adolescente idiota que sente o coração disparar ao ver o amado desfilando no pátio do colégio, meu coração dispara em atender ao telefone, ao falar com ele. O tal frisson que eu tanto comentava com os amigos que eu queria sentir, putz estou sentindo de novo.
Saber qual o caminho a seguir agora é tão complicado.
Conversar, nós conversamos. Entender, nós nos entendemos. Crer plenamente que acabou é difícil. Viver com o fantasma do passado, não definitivamente não é o estilo Carla de ser.
Racionalmente sei que não se esquece alguém tão especial em tão pouco tempo e nunca fui adepta à máxima: “Só se esquece um grande amor arranjando outro”.
Emocionalmente nem tenho o que dizer, afinal já disse que estou apaixonada e nessas circunstâncias não existe razão.
Sei que temos que viver um dia de cada vez, mas eu sou ansiosa cacete!
Ser verdadeira comigo, estou sendo. Mais verdadeira que nunca, isso me deixa com uma boa sensação a de que estou aprendendo, crescendo com ser humano, evoluindo. Em contrapartida creio que para qualquer relacionamento possa existir ambas as partes devam querer e, além disso, que sejam capazes de acrescentar, de fazer o outro feliz. Nesse momento não ofereço a outra parte a felicidade que gostaria e isso me deixa triste, com a sensação de “impotência”.
Tentar ser cautelosa... É até pode ser, mas se o coração entendesse essas coisas, não teria nem me apaixonado sabendo e vivendo tudo que sabia e vive com ele. A única coisa que tenho certeza nesse momento é que não o amo. Tudo está no início.
Acumulo então, mais dúvidas em minha mente e coração: O que fazer? Qual caminho seguir? Será que estou fazendo o certo? Desistir? Vou sofrer? Estou sofrendo?
“Coração para que se apaixonou?”

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Você.


Você é aquele que eu me divertia.
Você é aquele que eu curtia, que achava que jamais me apaixonaria.
Você é aquele que eu achava um bruto.
Você é aquele que eu achava estressado e que conviver seria horrível.
Você é aquele que eu só queria usar, pois sabia que só estava sendo usada.
Você é aquele que a companhia era agradável e que quando eu me sentia carente procurava.
Você é aquele que a vida afastou e eu nem falta senti.
Você é aquele que a vida tratou de reaproximar, passado algum tempo.
Você é aquele que mudou os meus dias.
Você é aquele que se mostrou diferente.
Você é aquele que me surpreendeu.
Você é aquele que se mostrou especial.
Você é aquele que foi e é sincero.
Você é aquele que me encantou com seu carinho.
Você é aquele que me fez sentir especial ao dormir ao seu lado.
Você é aquele que fiz confidências e contei meus segredos.
Você é aquele que fez eu sentir alegria nas pequenas coisas novamente.
Você é aquele que me fez agir de forma diferente, sem tantas preocupações.
Você é aquele que ao me olhar pelo espelho me incentivou continuar a dieta, pois estava muito melhor.
Você é aquele que por pouco não fez eu perder o juízo.
Você é aquele que eu esperava ansiosa por um telefonema.
Você é aquele que eu queria como companhia.
Você é aquele que fez com que minhas máscaras caíssem.
Você é aquele que me despiu da vergonha e da timidez e conseguiu arrancar de mim a verdade do que sentia, sem medo do que pudesse acontecer.
Você foi aquele que conseguiu quebrar essa armadura que se encontrava em meu coração há quatro anos.
Você aquele que me mostrou que coração realmente é terra que ninguém pisa, que ninguém manda, pois mesmo consciente da nossa realidade me apaixonei.
Você foi aquele que antes de telefonar eu tremi, a barriga gelou, nervosa sem saber o que dizer e que ao desligar o telefone, fez ficar em prantos, pois queria estar com você.
Você é aquele que mandou a real. Real que me levou às lagrimas, que me trouxe tristeza, mas que eu sempre soube que poderia acontecer.
Você foi aquele fez eu enxergar que nem sempre vou conseguir manter o controle de tudo, principalmente do coração.
Hoje você continua me vendo sem máscaras, sem armadura e acredito que eu também o veja assim.
Hoje sinto sua falta. Falta da sua alegria, das suas piadas, do seu jeito convencido, seu carinho... DE VOCÊ.
Hoje sei que consegui mexer com você de alguma forma, sei que tive minha importância, não o suficiente para estar ao seu lado, mas para ser lembrada e respeitada.
Hoje quero que você seja feliz independente do caminho que escolheu.
Hoje não sei exatamente o que meu coração sente por ti, mas sei que é forte.
Hoje quero tirar meu coração da angustia e não mais aprisioná-lo.
Hoje quero voltar a ser feliz.
Hoje.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Qual é a fruta?


Quarta-feira por volta das 21h na sala de aula o professor de contabilidade avançada II se esforçava para explicar pra turma o que é consolidação, quando eu, Flávia, Well e Cris começamos a conversar besteiras.
Sabe aquela hora do "besteirol" da galera do fundão?? É somos nós, a TB (turma da bagunça) de contábeis, mas somos adorados pelos professores.
Entramos na onda da mulher melancia e da salada de frutas que a bunda da mulher se transformou. É mulher melancia, manga, moranguinho, jaca e por aí vai. Começamos a imaginar como não seriam essas bundas, pois se a mulher melancia recebeu esse apelido em função da bunda grande como não seria a bunda da mulher jaca??? E da mulher moranguinho?? Vi que nossa imaginação é fértil. Parecíamos crianças daquele desenho animado, que eu adorava "Fantástico Mundo de Bob". Para melhorar a situação surge uma bunda leguminosa, a bunda chuchu, segundo a pensadora Flávia, seria a bunda sem sal, sem graça.
Começamos então a rotular as bundas, por exemplo a bunda melancia é a grande, a maracujá de gaveta é a murcha e assim por diante.
Pensei em tanta gente, em especial de uma menina que estudou comigo no segundo grau, sempre perguntávamos se ela tinha saído com pressa de casa, ela coitada sem maldade perguntava a razão e todo mundo ria e cochichava: Porque esqueceu a bunda no sofá. Éramos tão perversos. Será por isso ela virou freira?
O assunto terminou quando o professor disse que ia encerrar logo a aula por causa dos jogos de futebol, pois queria ver a despedida do "papai Joel", fazendo referência ao último jogo de Joel Santana como treinador do Flamengo.
Esse assunto banal do qual tanto rimos fez surgir em minha mente uma dúvida idiota. Será que todo mundo associa a bunda a alguma coisa?
Mesmo não sabendo qual seria a fruta que melhor se parece com minha bunda, preferi encerrar o assunto diante da fala tão agradável do professor. Terminamos de copiar logo a matéria para podermos sair da sala.
Assim o assunto acabou, mas resolvi atender ao pedido da amiga Flávia, sugeriu que escrevesse sobre isso.
Amiga escrevi, mas sem papo cabeça de "bundalização". Esse é outro tema. rsrsrs